O Projeto


O Projeto "Malharia Social" visa ofertar uma oportunidade de profissionalização para as internas do Presídio Feminino de Florianópolis. A ideia é proporcionar a elas toda a preparação técnica (teórica e prática) para a produção de artigos de vestuário, desde a criação, desenho, corte, costura, confecção, etc., até a qualificação empreendedora, para que possam continuar suas atividades quando retornarem à vida extramuros.

Para a qualificação técnica na área de confecção/malharia, realizaremos, periodicamente, cursos de qualificação profissional, em conjunto com instituições de reconhecida capacidade, como a faculdade de Design em Moda da Estácio que realizará o acompanhamento diário das atividades desenvolvidas na malharia e, aos sábados, acontecerão os cursos de qualificação.

A ideia principal do presente projeto é que, independente da remuneração mensal, que será de, no mínimo, um salário mínimo (como estipulado pela Lei de Execuções Penais, nº7210), seja reservado mensalmente um valor para que sirva para a compra de máquinas de costura para a egressa que queira seguir trabalhando com esse ramo de mercado, para que essa pessoa tenha a oportunidade de sair do estabelecimento penal e manter-se por algum tempo até encontrar algum outro emprego, ou siga a carreira na área de confecção/malharia, já que terá todo o conhecimento prático e teórico da vivência em nossa malharia durante o período em que cumpriu sua pena.

Para a colocação em prática dessa última ideia (doação de máquinas para as egressas), necessitaremos de avaliações sobre a capacidade financeira da malharia. Nos primeiros meses talvez seja inviável esta ideia, mas acreditamos que este projeto tem todas as condições para dar certo assim como essa ideia de, além de qualificarmos teórica e tecnicamente, também proporcionarmos a compra de máquinas que proporcionarão um rendimento financeiro, tão logo as mulheres que trabalharem conosco sejam postas em liberdade.

A ideia do curso de empreendedorismo esta ligada à esta ideia da aquisição de máquinas para trabalho em casa, para passar a elas noções de negócios, de produção, de projeção de gastos e lucros, possibilidades de criação de cooperativas, etc.

Também estamos tentando viabilizar uma parceria com o projeto “Economia Solidária”, do Governo Federal, que poderá ser um financiador na aquisição das máquinas para as egressas que pretenderem seguir trabalhando neste ramo de atividade.

A ampliação do projeto da malharia está previsto, tão logo consigamos atingir um número regular de produção diária, para que possamos atender a um número maior de reeducandas, além de projetarmos uma futura oficina de estamparia para profissionalizá-las também nessa área, que é uma área complementar à malharia.

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